quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Gruvi Quântico

Um mergulho no céu estrelado
Banho frio mantém relaxado
Olha só o relevo, que montanha linda!
Limonada gelada no almoço
Mil beijos com amor no pescoço
Quando se manifesta a beleza dessa vida

Embriagada no egoísmo que lhe embaça a visão
A humanidade enxerga a vida como competição
O concreto toma conta do que era verde
Desequilíbrio, miséria, fome e sede
Essa lógica corrói os seres humanos
Fode o planeta e seus recursos naturais
Ignora o fato da existência de outros planos
E nos afasta de avanços espirituais

Luz, preencha todo o meu ser
E mostre o que podemos ver
Além do que é material, se encontra a alegria
Flui, em tudo uma força maior
Que cria e muda pra melhor
Que só quer ver você dançar
Em sintonia

Criançada na rua brincando
Seu quadril segue um mantra dançando
O barulho da chuva que te lava a alma
Um sorriso, um brinde, um abraço
Gratidão, peito aberto no espaço
Quando a mãe natureza te devolve à calma

Neoliberalismo, monocultura, padronização
O aquecimento global já não é ficção
Movidos pelo lucro, a vaidade e o poder
Homens mortos pelo ego antes de nascer
Na nova era chega à Terra a nova concepção
Respiro fundo, fecho os olhos, de pé permaneço
Abro ao cosmos as janelas do meu coração
Entrego, confio, aceito e agradeço

Escala Latina

Índios habitavam em paz as suas ocas
Até que as raposas deixaram suas tocas
Vieram pelo mar com a cruz e a espada
Pra roubar e violentar a nova terra imaculada

Pretenciosos, senhores da razão
Queimaram na fogueira o valor da intuição
Extermínios, catequeses e a 'Santa' Inquisição
São séculos de crimes, tortura e escravidão

Navios negreiros não cruzam mais o oceano
Mas o trabalho e o dinheiro continuam escravizando
Impondo ao mundo a cultura do capital
Materialismo, acumulo e o pensamento individual

Abstrairei os ataques da propaganda
E os valores egoístas que eles vêm para pregar
A mentira secular de trabalhar para viver
E a rotina angustiante de viver pra trabalhar

A concorrência de mercado e a histeria produtiva
A sociedade de consumo e seu sentido sem sentido
Marginalizam o ócio e a vida contemplativa
Sufocando almas num deserto criativo

Navios negreiros não cruzam mais o oceano
Mas o trabalho e o dinheiro continuam escravizando
Impondo ao mundo a cultura capital
Materialismo, acúmulo e o pensamento individual

O sangue e o suor os povos do mundo inteiro
São oferendas colocadas no altar do Deus dinheiro
Mas essa forma de existência desumana e limitada
Será em breve abolida e pelo amor superada

Um fato sabido é que o luxo só resiste às custas de muita miséria e o bem-estar social é privilégio de poucos que se pratica uma lavagem cerebral disfarçada com o nome de entretenimento, mas mesmo diante da maior das atrocidades não experimentaremos sentimentos como o ódio e o desprezo ao invés disso nossos corações transbordarão amor e compaixão

@camitucumantel